sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Descobrindo a Ilha Mágica








Depois de assistir a esse vídeo você já pode estar imaginando o porquê do título desse texto. A nossa segunda parada como voluntários nos mostrou esse lugar muito especial. A Irlanda sempre foi conhecida como a casa dos celtas, com florestas misteriosas, música boa e um povo receptivo. Foi nessa segunda experiência que experimentamos um pouquinho disso tudo. Tem algo diferente no ar desse país!

Com uma população em torno de 4,5 milhões de habitantes, esse país tem um ar de mistério nas cidades, principalmente nas menores. Quando você entra em um pub bem tradicional parece que você está dentro de um filme. Quando entra dentro de uma floresta então... você já pensa nos celtas e em toda a magia do lugar! Fazer trabalho voluntário  na Irlanda tem nos reservado muitas surpresas! Como por exemplo , uma floresta onde moram fadas, plantas que cantam e ervas que curam. Isso tudo em um lugar só! 




Floresta das Fadas. Segundo a proprietária da terra, só podemos entrar se as Fadas permitirem. 


Momento mágico



UMA FAMÍLIA DO OUTRO LADO DO OCEANO

Esse novo período que tivemos foi mágico em todos os sentidos! Apesar de não ser fácil viajar dessa forma, não podemos reclamar, pois até aqui tivemos ótimas experiências, e nesse lugar conhecemos uma família muito especial. É uma família de ingleses que moram na Irlanda há muito tempo, possuem um lugar maravilhoso e preservam a vegetação local ajudando a plantar mais árvores nativas. A namorada de um dos filhos é japonesa, nunca vi tanta doçura em uma pessoa só. E os cachorros .... nunca vi nada igual! São nossos companheiros e protetores.

A primeira semana sempre é mais difícil, pois existe um período de adaptação que muitas vezes não é fácil. Além de ter que se adaptar a uma nova rotina, se adequar aos horários, à comida e às novas personalidades, temos que abrir nossa mente para entender e conviver com novas formas de pensar, sem fazer julgamentos que podem tornar o dia a dia bem difícil. Imagine só, de um dia para o outro você entra em uma casa e passa a conviver com pessoas que você nunca viu na vida? Isso é bem diferente para nós, no entanto, tudo isso tem nos ajudado a crescer e a enxergar nossos medos e preconceitos. Pode ser um clichê dizer isso,  mas fazer esse tipo de trabalho abre a nossa mente para um mundo que não conhecemos e para ver quantas possibilidades temos à nossa frente. E uma dessas possibilidades é poder ter uma família do outro lado do oceano!



Família




Lui




Dave



Noite brasileira com direito a mandioca, feijão, farofa, bife acebolado e pão de queijo.


Noite japonesa




O TRABALHO DE CADA DIA

Trabalháva-mos em torno de seis horas por dia ajudando a manter um jardim com ervas medicinais. A proprietária do local é médica herbalista e quase todos as flores que ela precisa para fazer os remédios vinham do jardim.



Minhas unhas nunca mais foram as mesmas...!!! 



Henrique fazendo weeding (tirar ervas daninhas)


Companhia durante o trabalho. 



Weeding



O cantinho de cada noite


Trabalhar em troca de ótimas e diferentes experiências, sim, esse é um novo jeito de viajar! Um jeito que encontramos para conseguir continuar essa viagem e que nos colocou em contato com um mundo totalmente novo. 

Percebemos que aqui na Europa, Austrália e Estados Unidos é bem comum as pessoas viajarem dessa forma, pois convenhamos, nem sempre dá para bancar uma viagem em que você tenha que pagar tudo, hospedagem, alimentação, traslados, museus, etc. Ficamos tão entusiasmados com esse novo jeito, que estamos aqui para compartilhar com vocês. Tenho que confessar que para mim não é tão fácil, pois acredito que não tenho "cabeça aberta" o suficiente para entender esse diferente jeito de viajar, mas é uma questão também de você querer enfrentar seus medos e preconceitos. Quando eu passei a assumir essa postura de "cabeça aberta" para o mundo de pessoas, costumes, culturas, novas formas de pensar e viver que estamos entrando em contato, é que passei a enfrentar cada momento de forma mais tranquila. 

Ainda tenho muitos medos, ainda estou "cheia de dedos", mas aos poucos a gente entende que fazemos parte do mesmo mundo chamado Planeta Terra, e que não precisamos ter medo do novo, mas aceitá-lo e dialogar com ele, procurar aprender todos os dias tudo que podemos.  

Vamos que vamos!! Um outro lugar está a caminho, jajá contamos para vocês a nossa terceira experiência. 

Grande abraço!   




FOTOS: Henrique Pederneiras e Fernanda Araújo